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segunda-feira, 27 de setembro de 2010

Andei amando loucamente

como há muito tempo não acontecia. De repente a coisa começou a desacontecer. Bebi, chorei, ouvi Maria Bethânia, fumei demais, tive insônia e excesso de sono, falta de apetite e apetite em excesso, vaguei pelas madrugadas, escrevi poemas (juro). Agora estou passando um band-aid no coração, um sorriso nos lábios – e tudo bem. Ou: que se há de fazer?

(Caio Fernando Abreu)

domingo, 26 de setembro de 2010

Veja bem meu bem, arranjei alguém chamado saudade

Sinto saudades. Das mensagens de texto no meio da noite, das promessas ditas da boca pra fora, que mesmo não cumpridas, faziam parte dos meus sonhos; e era com elas que eu seguia a maior parte do meu dia, com um sorriso bobo estampado no rosto, de orelha a orelha, pensando em você em cada ato. Não quero definir essa saudade de forma tristonha. Aprendi a sentir uma saudade gostosa de você. Talvez eu tenha me afastado porque eu sou assim, esse meu jeito hipócrita de querer superar tudo sozinha ou de simplesmente achar que definharia sem o seu amor. Porque pra dizer a verdade, eu definhei alguns dias tentando encontrar o culpado pelo nosso fim; precisei preencher oceanos de lágrimas e ainda fiz chover em alguns amigos que quase perderam a sanidade ao tentarem me reerguer. Esse vazio que você me deixou desde que partiu; tentei preencher de todas as formas, tentei encontrar uma maneira de seguir em frente. Talvez tenha procurado demais e até em mim mesma. Mas cheguei a conclusão de que não existe mais a quem culpar, ninguém mais para apontar o dedo. Dizem que erros e acertos são filhos do mesmo pai, mas que nunca assumirão sua culpa. São inversos como nós, do avesso, mas que se completaram em algum ponto. Sobre a nossa história, o que tenho a dizer é que não é que não tenhamos dado certo; o problema é que demos certo até demais. Não erramos amor, somente não soubemos administrar a nossa saudade. Pensei em buscar um modo de resolver isso, mas não posso mudar o modo como me sinto. Minha prioridade (mesmo que egoísta), tem sido de afastar a minha dor aos poucos. Talvez hoje, ás 18:55, eu esteja sentindo uma saudade gostosa de você...

(Raphaela Sacchi)

segunda-feira, 20 de setembro de 2010

domingo, 12 de setembro de 2010

Suspiros

Que estranho. A tantos meses sem postar algo meu, palavras minhas. A tanto tempo confortando tantas pessoas e agora, eu não consigo nem manter a calma. Meu funcionamento de escrita parece que engrena á base de decepções; sempre tive mais facilidade em escrever sobre o que sinto quando estava triste; até que aprendi a aceitar que um dia voltaria a escrever pra fazer alguém sorrir ou porque penso que o que eu escrevo realmente importa pra alguém.
Não sei nem sobre o que quero realmente falar...talvez desabafar ou chorar um pouco através de trechos sem sentido. As pessoas me julgam como forte, mas talvez eu não queira mais ser forte. Talvez agora eu queira um abraço, um ombro, alguém que me diga que tudo vai ficar bem, mesmo sabendo que não vai. Aquele simples fato de mentir em prol da felicidade alheia, ou algo semelhante a ternura que eu nem sei mais o que significa em prática. Eu estou com medo. O mesmo medo que sinto quando estou no escuro. Minha escuridão nunca esteve tão ausente de fadas ou algo que me acalente.
Meu ponto de desespero tornou-se minha meta de vida, pois meu coração não nutre mais de nenhum outro sentimento a não ser a conformidade. Não vou terminar esse texto com mensagens de esperança ou algum sentimento bom como nos outros que escrevi. Talvez tenha chegado a hora de perceber que cresci e que vou carregar eternamente um fardo por atos que não foram meus. Só espero que esse vazio que me consome seja preenchido por algo ou alguém. Talvez eu tenha cansado de ceder por muitos que nunca cederiam por mim; e espero que esse sentimento de saudade e angústia por algo que nem eu mesma sei o que é vá embora; e me deixe provar das delícias do termo "ser feliz" que tanto desconheço.

(Raphaela Sacchi)

sexta-feira, 10 de setembro de 2010

Nostalgia

Saudades do meu quarteto, só isso que tenho a dizer. Saudades dos videos do Jackass, de quando a gente saía da aula pra almoçar na casa do Fê ou íamos pra casa do Vitinho zoar a miuxa goidinha. Saudades de quando o Michael dizia "Ah, foi mal", de quando a gente fazia dormidões, de quando a gente fazia churrascos doidos, de quando eu era feliz e não sabia. É uma merda que a vida tenha nos afastado; essa coisa de um pra cada lado, entende? Ainda to aprendendo a aceitar...


quinta-feira, 9 de setembro de 2010

10 things I hate about you

"Odeio o modo como fala comigo, e como corta o cabelo. Odeio como dirige o meu carro e odeio seu desmazelo. Odeio suas enormes botas de combate, e como consegue ler minha mente. Eu odeio tanto isso em você que até me sinto doente. Odeio como está sempre certo e odeio quando você mente.
Odeio quando me faz rir muito, odeio mais ainda quando me faz chorar. Odeio quando não está por perto, e o fato de não me ligar... Mas eu odeio principalmente não conseguir te odiar. Nem um pouco, nem mesmo por um segundo, nem mesmo só por te odiar"

quinta-feira, 2 de setembro de 2010

Às vezes me lembro dele

Sem rancor, sem saudade, sem tristeza. Sem nenhum sentimento especial a não ser a certeza de que, afinal, o tempo passou. Nunca mais o vi, depois que foi embora. Nunca nos escrevemos. Não havia mesmo o que dizer. Ou havia? Ah, como não sei responder as minhas próprias perguntas! É possível que, no fundo, sempre restem algumas coisas para serem ditas. É possível também que o afastamento total só aconteça quando não mais restam essas coisas e a gente continua a buscar, a investigar — e principalmente a fingir. Fingir que encontra. Acho que, se tornasse a vê-lo, custaria a reconhecê-lo.

(Caio Fernando Abreu)

Untitled 8

"Que setembro seja melhor e supere todas as angústias, medos, inseguranças e o azar de um agosto fodido."
(Caio Fernando Abreu)