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domingo, 12 de setembro de 2010

Suspiros

Que estranho. A tantos meses sem postar algo meu, palavras minhas. A tanto tempo confortando tantas pessoas e agora, eu não consigo nem manter a calma. Meu funcionamento de escrita parece que engrena á base de decepções; sempre tive mais facilidade em escrever sobre o que sinto quando estava triste; até que aprendi a aceitar que um dia voltaria a escrever pra fazer alguém sorrir ou porque penso que o que eu escrevo realmente importa pra alguém.
Não sei nem sobre o que quero realmente falar...talvez desabafar ou chorar um pouco através de trechos sem sentido. As pessoas me julgam como forte, mas talvez eu não queira mais ser forte. Talvez agora eu queira um abraço, um ombro, alguém que me diga que tudo vai ficar bem, mesmo sabendo que não vai. Aquele simples fato de mentir em prol da felicidade alheia, ou algo semelhante a ternura que eu nem sei mais o que significa em prática. Eu estou com medo. O mesmo medo que sinto quando estou no escuro. Minha escuridão nunca esteve tão ausente de fadas ou algo que me acalente.
Meu ponto de desespero tornou-se minha meta de vida, pois meu coração não nutre mais de nenhum outro sentimento a não ser a conformidade. Não vou terminar esse texto com mensagens de esperança ou algum sentimento bom como nos outros que escrevi. Talvez tenha chegado a hora de perceber que cresci e que vou carregar eternamente um fardo por atos que não foram meus. Só espero que esse vazio que me consome seja preenchido por algo ou alguém. Talvez eu tenha cansado de ceder por muitos que nunca cederiam por mim; e espero que esse sentimento de saudade e angústia por algo que nem eu mesma sei o que é vá embora; e me deixe provar das delícias do termo "ser feliz" que tanto desconheço.

(Raphaela Sacchi)

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