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domingo, 26 de setembro de 2010

Veja bem meu bem, arranjei alguém chamado saudade

Sinto saudades. Das mensagens de texto no meio da noite, das promessas ditas da boca pra fora, que mesmo não cumpridas, faziam parte dos meus sonhos; e era com elas que eu seguia a maior parte do meu dia, com um sorriso bobo estampado no rosto, de orelha a orelha, pensando em você em cada ato. Não quero definir essa saudade de forma tristonha. Aprendi a sentir uma saudade gostosa de você. Talvez eu tenha me afastado porque eu sou assim, esse meu jeito hipócrita de querer superar tudo sozinha ou de simplesmente achar que definharia sem o seu amor. Porque pra dizer a verdade, eu definhei alguns dias tentando encontrar o culpado pelo nosso fim; precisei preencher oceanos de lágrimas e ainda fiz chover em alguns amigos que quase perderam a sanidade ao tentarem me reerguer. Esse vazio que você me deixou desde que partiu; tentei preencher de todas as formas, tentei encontrar uma maneira de seguir em frente. Talvez tenha procurado demais e até em mim mesma. Mas cheguei a conclusão de que não existe mais a quem culpar, ninguém mais para apontar o dedo. Dizem que erros e acertos são filhos do mesmo pai, mas que nunca assumirão sua culpa. São inversos como nós, do avesso, mas que se completaram em algum ponto. Sobre a nossa história, o que tenho a dizer é que não é que não tenhamos dado certo; o problema é que demos certo até demais. Não erramos amor, somente não soubemos administrar a nossa saudade. Pensei em buscar um modo de resolver isso, mas não posso mudar o modo como me sinto. Minha prioridade (mesmo que egoísta), tem sido de afastar a minha dor aos poucos. Talvez hoje, ás 18:55, eu esteja sentindo uma saudade gostosa de você...

(Raphaela Sacchi)

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